Espero que este blog seja benção em sua vida. Os textos são reflexões feitas junto e por meio da ação do Espírito Santo, sem o qual é impossível entendermos a Palavra de Deus.
É com esperança de uma pregação verdadeira do evangelho que publicamos para a glória de Deus estes textos.
Você é livre para reproduzir e divulgar os textos desde que mantenha a fonte, respeite o autor.

sábado, 29 de junho de 2013

A Igreja é o reflexo do seu pastor

Li este artigo no http://bereianos.blogspot.com.br/2013/06/a-igreja-e-o-reflexo-do-seu-pastor.html e recomendo que você leia.
O título também é original do artigo.







Por Silas Figueira


A Igreja é o reflexo do seu pastor e, se o pastor se espelha nas Escrituras Sagradas, a igreja que ele pastoreia irá refletir esta mesma imagem. Mas o que temos visto por aí nesses últimos anos é uma total descrença no ministério pastoral, pois muitos não estão refletindo a imagem de Cristo. Foi feita uma pesquisa a respeito das três classes que estão mais desacreditadas e a conclusão que se chegou foi: os políticos, a polícia e os pastores. Isso tem ocorrido porque os pastores estão deixando de ser aquilo que pregam. Muitos estão mais envolvidos com as coisas dessa terra do que com o seu chamado. Charles Spurgeon dizia para os seus alunos: “Meus filhos, se a rainha da Inglaterra vos convidar para serdes embaixadores em qualquer país do mundo, não vos rebaixeis de posto, deixando de ser embaixadores do Reis dos reis e do Senhor dos senhores”.

A crise que tem atingido a sociedade tem respingado na Igreja, e o pior, tem chegado até o púlpito. Embora estejamos vivenciando um crescimento numérico na Igreja Brasileira, não temos visto a transformação da nossa sociedade. Tudo isso é um reflexo de que a Igreja não tem tido uma mensagem transformadora, mas uma mensagem moldadora. Uma mensagem que faz bem aos ouvidos, mas que não transforma o coração. E tudo isso, infelizmente, vem do púlpito. Outros por medo de perderem o seu lugar na igreja local se tornam boca do povo para Deus e não boca de Deus para o povo, ou seja, pregam o que o povo quer ouvir e não o que eles precisam ouvir.

Pastores que agem assim são, geralmente, pastores com muita “unção”, mas sem nenhum caráter. É bom lembrar que o caráter sustenta a unção e não vice versa. Há uma crise pastoral e ela precisa ser sanada muito rapidamente, para que a próxima geração não esteja totalmente perdida. Estamos vivendo uma crise ministerial isso é um fato. E isso começa com a teologia que muitos seguem. Muitos estão abraçando várias teologias, menos a bíblica. Vejamos o que tem atuado em muitas igrejas hoje:

O Evangelho da Prosperidade – onde a benção e a graça de Deus sobre a pessoa é medida pelos bens que ela possui. Teologia esta que está na maioria dos púlpitos das igrejas pentecostais e neopentecostais. Descobri recentemente um detalhe interessante nesta teologia, que Cristo morreu na Cruz do Calvário para que eu tivesse muita saúde, carro zero, casa na praia e ser muito rico, ou seja, Jesus não passa de um gênio da lâmpada.

Teologia Inclusiva – A Teologia Inclusiva, como a própria denominação sugere, é um ramo da teologia tradicional voltado para a inclusão, prioritariamente, dos homossexuais. Segundo os seus adeptos, a Teologia Inclusiva contempla uma lacuna deixada pelas estruturas religiosas tradicionais do Cristianismo, pois, por meio da Bíblia, compreende que todos os que compõem a diversidade humana, seja ela qual for, têm livre acesso a Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz. É o famoso venha como está e fique como está.

Alguns textos que condenam o homossexualismo: Gn 19; Lv 18.22, 20.13; Rm 1.24-28,32; 1Co 6.9,10; 1Tm 1.8-10. Mas Deus é poderoso para mudar a vida dessas pessoas.

Teísmo Aberto ou Teologia Relacional – O atributo mais importante de Deus é o amor. Todos os demais estão subordinados a este. Isto significa que Deus é sensível e se comove com os dramas de suas criaturas. Deus não é soberano. Deus ignora o futuro, pois Ele vive no tempo, e não fora dele. Ele aprende com o passar do tempo. Deus se arrisca. Ao criar seres racionais livres, Deus estava se arriscando, pois não sabia qual seria a decisão dos anjos e de Adão e Eva. E continua a se arriscar diariamente. Deus corre riscos porque ama suas criaturas, respeita a liberdade delas e deseja relacionar-se com elas de forma significativa.

Igrejas Emergentes – As igrejas emergentes estão mais preocupadas com o ouvinte do que com a mensagem em si, e em seu desejo de pregar um evangelho que seja “aceitável” ao homem pós-moderno, acabam por negligenciar os pressupostos básicos do cristianismo, chegando mesmo a negar a literalidade do nascimento virginal de Cristo, seus milagres, a ressurreição de Jesus e a existência do inferno eterno. É “a preferência pela vivência correta ao invés da doutrina correta”. Teologia passa longe dessas igrejas.

Missão Integral – Esse evangelho não passa de uma variante protestante da Teologia da Libertação. Os que defendem essa teologia são líderes cristãos que continuam trancados no armário do socialismo.[1]

Teologia Liberal (Liberalismo Teológico) – A “Teologia Liberal é um movimento que, iniciado no final do século XIX na Europa e Estados Unidos, tinha como objetivo extirpar da Bíblia todo elemento sobrenatural, submetendo as Escrituras ao crivo da crítica científica (leia-se ciências humanas) e humanista. No liberalismo teológico, geralmente, não há espaço para os milagres, profecias e a divindade de Cristo Jesus”. Relativizando a autoridade da Bíblia, o liberalismo teológico estabeleceu uma mescla da doutrina bíblica com a filosofia e as ciências da religião. Ainda hoje, um autor que não reconhece a autoridade final da Bíblia em termos de fé e doutrina é denominado, pelo protestantismo ortodoxo, de “teólogo liberal”. Um pequeno exemplo nós encontramos em relação à existência de Jó. Para os liberais ele não passa de uma alegoria, mas então eu me questiono porque que em Ez 14.14, 20; Tg 5.11 falam dele como se ele fosse um personagem real? Então eu fico com a Bíblia e não com os defensores dessa teologia. Bem disse Jesus “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29).

O que temos visto hoje em dia, são muitos pastores confusos teologicamente em seus ministérios. O Rev. Hernandes Dias Lopes nos fala que a igreja evangélica brasileira vive um fenômeno estranho. Estamos crescendo explosivamente, mas ao mesmo tempo estamos perdendo vergonhosamente a identidade de evangélicos. O que na verdade está crescendo em nosso país não é o evangelho, mas outro evangelho, um evangelho híbrido, sincrético e místico. Vemos prosperar nessa terra uma igreja que se diz evangélica, mas que não tem evangelho. Prega sobre prosperidade, e não sobre salvação. Fala de tesouros na terra, e não de tesouros no céu.

Nessa babel de novidades no mercado da fé, o Rev. Hernandes Dias Lopes identifica alguns tipos de pastores:[2]

Primeiro, há pastores que são mentores de novidades. São pastores marqueteiros. Quando um pastor entra por esse caminho, precisa ter muita criatividade, pois uma novidade é atraente por algum tempo, mas logo perde seu impacto. Aí é preciso inventar outra novidade. É como chiclete. No começo você mastiga, ele é doce, mas depois você começa a mastigar borracha.

Segundo, há pastores que são massa de manobra. São pastores sem rebanho que estão a serviço de causas particulares de obreiros fraudulentos.

Terceiro, há pastores que deliberadamente abandonaram a sã doutrina. Muitos pastores inexperientes, discipulados por esses mestres do engano, abandonam o caminho da verdade e se capitulam à heresia. É importante afirmar que o liberalismo é um veneno mortífero. Aonde ele chega, mata a igreja. Há muitas igrejas mortas na Europa, na América do Norte e, agora, há igrejas que estão flertando com esse instrumento de morte também no Brasil. Não temos nenhum registro de um liberal que tenha edificado uma igreja saudável. Não temos nenhum registro de um liberal que tenha sido instrumento de Deus para um grande reavivamento espiritual.

Quando, uma igreja chega ao ponto de abandonar sua confiança na inerrância e suficiência das Escrituras, seu destino é caminhar rapidamente para a destruição.

A teologia define o caráter e à medida que o pastor se afasta da teologia bíblica, automaticamente ele irá se afastar de Deus e seguir outra direção. Mudar a mensagem para agradar aos ouvintes é mercadejar a Palavra de Deus. Os bancos não podem controlar o púlpito. O pastor não pode ser seduzido pelas leis do mercado, mas deve ser um fiel despenseiro de Deus (1Co 4.1,2). O dever do pregador não é encher o auditório, mas encher o púlpito. Querendo as pessoas ou não ouvir a verdade, não temos que fazer marketing religioso e de falar apenas o que elas querem ouvir. A crise moral e espiritual está por demais enraizadas para ser solucionada com remendos superficiais. Por isso precisamos urgentemente reavaliar a nossa teologia, a nossa fé e o nosso ministério para não cairmos também no descrédito assim como muitos tem caído.

Notas:
1 - Venâncio, Norma Braga. A Mente de Cristo Conversão e Cosmovisão Cristã. Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 2012: p. 49.
2 – Lopes, Hernandes Dias. De: Pastor A: Pastor. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2008: p. 22,23.

sábado, 23 de março de 2013

Avivamento ou Re-avivamento


(Mensagem ministrada dia 21 de outubro de 2012)

- "E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões”. Joel 2:28

- “Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar. De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava”. Atos 2:1-4


Nos dois textos acima, temos o relato da descida do Espírito Santo. No texto do profeta Joel temos a promessa de que seu Espírito seria enviado pelo Senhor, no segundo texto, o de Atos dos Apóstolos, vemos o cumprimento dessa promessa, mostrando assim a ligação entre os dois textos, estando separada a promessa de seu cumprimento por aproximadamente 900 ou 800 anos.
O que se vê em Atos é que chamamos avivamento e atualmente, vemos a igreja – e quando falo igreja não me prendo a denominações, mas a noiva de Cristo – clamar e desejar um avivamento. Vemos cultos de avivamento, para a igreja local ou para a cidade onde ela se localiza, ou até mesmo para a região (estado, país). Vamos então refletir um pouco sobre esse assunto.
Esse avivamento prometido em Joel e cumprido em Atos, só foi possível por motivo, o arrependimento no coração dos homens. João, o batista, batizava para a o arrependimento (Mateus 3:11) antes do Senhor Jesus começar seu ministério. Arrepender-se e converter-se do mal caminho era a recomendação do profeta.
Para uma vida avivada, para o batismo com o Espírito Santo é preciso arrependimento. Além disso, o avivamento genuíno é buscado todo dia, pois, se crermos que o avivamento chegou, então, ele já passou.
Qual motivo me faz querer o batismo com o Espirito Santo? Porque quero uma vida avivada? Se quero aparecer e receber honra, certamente não receberei o Espírito Santo.
Paulo recomenda em Colossenses 3:23, para que façamos tudo, seja o que for, que seja de coração, como se fizéssemos a Deus e não aos homens.
Para uma vida avivada, Jesus deve ser o centro de todas as minhas ações, quer comamos, quer bebamos, seja para a glória de Deus (1Corintios 10:31).
Por que o Espírito Santo é derramado? Há propósito?
O Espírito Santo não é derramado sem um proposto. Ele não vem somente para provocar sensações, mas para determinar um legado.
Em Atos 1:8 vemos este ponto, o legado (herança) de sermos testemunhas de Jesus Cristo, determinado por ele. Como dizia Agostinho: “Devemos pregar Jesus a todo tempo, e as vezes usar palavras”. Se não quisermos ser testemunhas de Jesus, o Espirito não virá!
É triste ter que dizer que atualmente é preciso avivar os púlpitos para um mover genuíno de Deus, para a verdadeira pregação, a do evangelho do arrependimento.
O primeiro sermão de Pedro, após receberem o Espírito Santo, não foi prometendo coisas, bens materiais, mas foi prometendo perdão dos pecados e a salvação em Cristo Jesus.
Pois bem, temos três pontos importantes para recebermos esse avivamento, sendo eles:

1)           Arrependimento;
2)           Jesus Cristo é o centro de nossas ações;
3)           Ser testemunha de Jesus;

Agora, como manter uma vida avivada? Só há um modo para não crer que o avivamento chegou e deixa-lo passar. Esse modo é a plena e total dependência de Deus, que só é percebida e alcançada através da leitura diária e exaustiva da Bíblia e da oração, além do jejum. “Crente” que não ora, não lê a Bíblia e não jejua, morre de fome espiritual e fica surdo a voz de Deus (Jeremias 15:16 – 33:3; Salmo 119; 1 Tessalonicenses 5:17).

Por: Rogério Penna

Você é livre para reproduzir e divulgar os textos desde que mantenha a fonte, respeite o autor.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Afinal, o que significa o arrependimento?


Introdução
Por muitas vezes ouvimos as pessoas falarem em arrependimento, ouvimos falar em pregações ou em conversas sobre a palavra de Deus e a vida cristã, e arrisco dizer que na maioria das vezes não entendemos o que isso quer dizer. Eu mesmo muitas vezes escutei e lia nos textos bíblicos sem entender a profundidade do significado do arrependimento.
Me coloquei em oração e falei com o Senhor que eu queria entender o significa de arrependimento, pedi que o Espírito Santo me ensinasse a esse respeito e o texto a seguir é este aprendizado que o Espírito Santo amorosamente me concedeu por sua graça, que ele possa te edificar, assim como edificou a minha vida em todas as áreas.

Quando somos convidados a viver com Cristo somos chamados ao arrependimento. Mas precisamos pensar a respeito desse assunto de modo mais cuidadoso, pois temos sido descuidados quanto ao arrependimento e seu significado.
Cinco perguntas surgem para nos ajudar a pensar.

1ª) O que é arrependimento?
2ª) Para que serve o arrependimento?
3ª) Quando me arrependo?
4ª) Como consigo me arrepender?
5ª) Quais os frutos do arrependimento?

Vamos procurar responde-las à luz da palavra de Deus.

1ª) O que é arrependimento?
O dicionário diz que arrependimento é o ato de arrepender-se, contrição. É quando não se está satisfeito com algo, descontente, ou tem pesar de algo.
“1. É lamentar ou ter pena por alguma coisa feita ou dita, ou não feita nem dita. 2. mudar de intenção ou ideia. 3. desdizer-se; 4. mudar de aspecto;” Dicionário Priberam (Web).
Arrepender-se para o que decide ser cristão é deixar TUDO o que ele vivia, todo pecado, todo desejo da carne, para viver o evangelho de Cristo, morrer para o mundo para que Cristo possa viver nele. “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivi pela fé no Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2:20).
Não é algo que acontece do dia para a noite e acabou, nunca mais se sente, pelo contrário, é algo que chega “de repente” (pelo Espírito Santo) e que se renova e deve renovar-se TODO DIA.
Existem alguns textos que falam sobre arrependimento, vejamos e reflitamos dois deles. O primeiro está no evangelho de Mateus 21:28-29 e fala do pai que pede ao filho que vá trabalhar em sua vinha, e o filho responde que não vai, mas “arrependendo-se” foi trabalhar na vinha do pai.
Outro está no evangelho de Lucas 15:11-27 (em especial os v. 17-24). O texto relata a história do filho pródigo, que pede sua parte da herança ao pai e vai embora, acabando com todo dinheiro, mas arrependendo-se volta para casa. Nos versos que destacamos, vemos o jovem se lembrar dos empregados de seu pai e como são tratados e decide voltar e ser tratado como um deles, mas o pai, movido por “intima compaixão” como diz o texto, o recebeu e lhe devolveu a autoridade de filho dele, mesmo o jovem não se sentindo merecedor.
Arrependimento é uma renovação do nosso entendimento, de nossa mente, como diz o texto de Romanos 12:2: “sede transformados pela renovação do vosso entendimento”. Como também diz o texto de 2Corintios 4:16b, mesmo que o homem exterior se corrompa, ou seja, envelheça, fique doente, mude do jovem para o velho, o homem interior se renova, ou seja, se arrepende. Ou ainda em Colossenses 3:9-10, onde a palavra diz que o velho homem foi despido de nós (os que se arrependeram) e nos vestimos do novo homem, renovado (arrependido) para o conhecimento, segundo a imagem do Criador, isto é, arrependeu-se para conhecer a verdade de Deus.
Tudo isso nos leva a pensar então:

2ª) Para que serve o arrependimento?
Podemos ver no evangelho de Mateus 3:2 ser anunciado por João, o Batista, a necessidade de arrepender-se por ter chegado o reino de Deus. Mateus escreve: “é chegado o reino dos céus”, ou seja, arrependam-se, porque o governo de Deus sobre os homens chegou a Terra, é chegado o tempo da noiva se prepara para o noivo.
No livro de Atos 2:38, Pedro anuncia o arrependimento como condição para o batismo, para perdão dos pecados e o recebimento do Espírito Santo, mais adiante em 3:19, o apostolo chama ao arrependimento mais uma vez e renova a promessa de perdão dos pecados e para receber o refrigério, o descanso, pela presença de Deus em sua vida.
Essa ordem de se pregar o arrependimento está descrita no evangelho de Lucas 24:47, nos versos anteriores o texto diz que Jesus abre o entendimento dos apóstolos sobre as escrituras, fazendo-os entender que sua vinda, vida e morte eram necessários, pois por meio de sua ressurreição e após ela, deveria ser pregado o arrependimento e o perdão dos pecados.
Pregar o arrependimento é um mandamento que Jesus nos deixou, ele serve para nos dar a vida, como está descrito em Atos 11:18b que diz: “Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida”. Prestou atenção ao texto? “Até aos gentios”; sabe o que quer dizer? Nós somos um povo gentio, herdeiros das promessas de Deus ao povo de Israel por meio da graça de Deus em Jesus. A não ser que você seja um judeu convertido ou descendente de judeus que se converteram. Não fazíamos parte do povo escolhido de Deus, nem você nem eu, mas hoje só fazemos parte desse povo, porque somos co-herdeiros da promessa Deusa Abraão (Romanos 8:17; Efésios 3:6), pois fomos adotados por meio do sangue de Cristo (Gálatas 4:5-7; Efésios 1:5).
O arrependimento para a vida! Que maravilhoso Deus nós temos, mas qual vida se fala? Uma vida eterna, salvos na glória de Deus; podemos ver que se erramos, pecamos, mas estamos na presença de Deus, nos entristecemos e essa tristeza segundo Deus, nos leva ao arrependimento e assim para a salvação da qual ninguém se arrepende, mas longe da presença de Deus, pecamos, ficamos tristes e só, não há arrependimento nem salvação, mas morte (2Coríntios 7:10), pois como já foi dito, só Deus dá ao homem condições de se arrepender.
Arrependimento serve para que eu seja batizado e receba o Espírito Santo, além do perdão de Deus para todos os meus pecados, gerando vida eterna e salvação.
Então:

3ª) Quando me arrependo?
No evangelho de Marcos 16:15, Jesus diz que era preciso pregar o evangelho para toda criatura, e os que crescem na pregação do evangelho e fossem batizados, seriam salvos. Pensemos o seguinte, para ser batizado, nós vemos no texto de Atos 2:38 que era preciso o arrependimento, mas para que pudessem se arrepender Pedro prega para os homens ali reunidos em Jerusalém a boa nova de Cristo, ou seja, o evangelho.
Quando eu me arrependo então? Quando eu recebo a palavra de Deus (1Coríntios 15:1) não é possível receber a pregação do evangelho e permanecer o mesmo, com o mesmo caráter e postura carnal de antes, receber o evangelho nos leva ao arrependimento e ao desejo de não querer mais cometer tal erro, é lamentar-se por algo que não se quer mais fazer, nos levando a “andar na contra mão”, ou seja, no sentido contrário ao seguido por nós anteriormente.
No evangelho de Lucas 15:11-27, temos a parábola do filho pródigo e já comentamos sobre ela antes, mas vamos pensar no seguinte, quais motivos levaram o jovem a se arrepender e desejar voltar para a casa de seu pai? Ele reconhece que está em condição de miséria, percebe que na casa de seu pai até o menos (ou menos importante a nossos olhos) é bem tratado, percebe sua ignorância e pequenez, percebe que ele precisa e depende do pai.
Transportando isso para o nosso relacionamento com Deus, nos arrependemos quando percebemos nossa condição miserável diante de Deus (Salmos 22:6 “eu sou verme, e não homem, vergonha dos homens e desprezado do povo”; Provérbios 31:7 Beber, para “que beba, e esqueça sua pobreza, e da sua miséria não se lembre mais”; Eclesiastes 6b “porquanto, a miséria do homem pesa sobre ele”; Romanos 7:24a“miserável homem que sou”).
Quando percebemos e aprendemos que Deus não faz acepção de pessoas (Deuteronômio 10:17b “Deus grande, poderoso e terrível que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas”; Romanos 2:11“Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas”; Romanos 3:29-30; Romanos 10:12-13; Atos 10:34).
Reconhece que é ignorante e pequeno diante do Senhor (1Timóteo 1:13 “A mim que dantes fui blasfemo, e perseguidor, e injurioso; mas alcancei misericórdia porque o fiz ignorantemente, na incredulidade”; estar separado da vida de Deus pela ignorância – Efésios 4:17-18; matar a Cristo por ignorância – Atos 3:15-17; Atos 17:30 “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam”“Pequeno sou e desprezado” Salmos 119:141a; Lucas 12:32a “Não temais, ó pequeno rebanho”.).
Devemos notar e aceitar que somos dependentes totalmente de Deus (Salmos 23:1 “O Senhor é meu pastor, nada me faltará”; Salmos 71:6a “Por ti tenho sido sustentado desde o ventre”; Mateus 6:31-34 “Não andeis, pois, inquietos dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou como nos vestiremos? [...]”; Mateus 10:19 “Mas, quando vos entregarem não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer”.). Percebe que até sobre o que diremos devemos depender de Deus? E em tudo devemos depender do Senhor.
O arrependimento também nos leva ao desejo de obedecer ao Pai, como descrito em Mateus 21:28-29, nos reconhecer nestas condições faz de nós desejosos de obedecer a ordem que Deus nos deu: “Arrependei-vos”, todos os dias.
Se levarmos em consideração estas coisas, respondemos também a questão:

4º) Como consigo me arrepender?
Afinal, será reconhecer-me nessas condições que irão me levar ao arrependimento, ou seja, “como consigo me arrepender?”, resposta: “consigo me arrepender quando recebo o evangelho e me reconheço na condição de miserável, que Deus trata a todos igualmente, que sou pequeno e ignorante e dependo dEle para tudo”. Só depois disso chegamos ao “quando me arrependo?” e diremos que, como diz Billy Graham:“Quando lamento o suficiente para abandonar o erro”.
Talvez você se pergunte, se então, não era melhor ter questionado o “como se arrepender” antes de “quando se arrepender”, mas só posso saber a ação que terei (como) se souber a situação que se apresenta a mim (quando), ou seja, você só sabe reagir diante de uma situação de doença, por exemplo, quando passa por essa situação. Sendo assim, sabemos agora quando e como me arrependo.
Resta-nos saber agora:

5º) Quais os frutos do arrependimento?
No evangelho de Lucas e no de Mateus, ambos no capítulo 3, versículo 8 dos respectivos evangelhos, vemos João, o Batista, advertir aos fariseus para produzirem “frutos dignos de arrependimento. Mas o que significa isso? O arrependimento gera frutos?” Certamente, vimos ao longo desse nosso percurso, várias citações dos textos bíblicos nos quais podemos ver tal coisa. Em Atos 2:38, temos como fruto o batismo, a chance da renovação e do novo espírito do homem, também vemos o fruto do perdão aparecer, junto com o dom do Espírito Santo.
Talvez você pense: “mas eu não me arrependo para que Deus me perdoe dos meus pecados, eu seja renovado e receba o Espírito Santo? Como isso é um fruto?” Lá no evangelho de Mateus 7:20 Jesus diz que a árvore boa e a má serão conhecidas pelos frutos. Se você foi transformado pelo batismo transbordará a renovação e o novo homem que você é, recebendo o perdão de Deus e crendo nisso, você será alguém capaz de perdoar, por conhecer o valor de ser perdoado, recebendo o dom do Espírito Santo, cada dia você desejará estar com Ele e desejando o privilégio de andar com o Espírito Santo todo dia.
Conseqüentemente a fé passará a fazer parte da sua vida, a fé que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador, que pela fé fomos justificados e temos paz com Deus (Romanos 5:1). Reconheceremos então o amor do Pai e o entenderemos como expresso em João 3:16, nos tornando assim capazes de amar uns aos outros. A fé, além de operar o amor de Deus em nós, nos levará ao mais sublime fruto e a razão pela qual Jesus nos chama ao arrependimento, isto é, nossa salvação. É por esse motivo que a salvação é conquistada por cada pessoa de modo individual, pois não posso me arrepender dos pecados que outro tenha cometido, senão dos meus próprios pecados, mas desejarei que outros venham experimentar essa sensação e certeza.
Charles Spurgeon em um de seus sermões, disse certa vez que: “a fé logo cria amor no homem, pois se o Senhor salvou vocês, meus irmãos e minha irmãs, vocês vão rapidamente desejar que os outros também sejam salvos. Vocês experimentaram deste mel, e a doçura dele, em sua própria língua, os leva a convidar outras pessoas para o banquete. Aquele que foi trazido para a liberdade da graça livre, tornaria livre todo pecador cativo, caso pudesse”. (Lutero – a fé que opera pelo amor).
Por essa fala de Spurgeon, podemos ver como fé, amor e salvação, são frutos dignos de arrependimento.

Conclusão
Após essa reflexão, podemos perceber quão precioso é o arrependimento para a vida daquele que se voltou para Cristo. Caso você tenha feito essa decisão de viver para Cristo e não havia entendido o que significava o arrependimento, creio que agora o Espírito Santo te ensinou, e oro para que você tenha realmente entendido.
Lembre-se que arrependimento é mais do que uma palavra, um sentimento, ele é uma das ferramentas que o Senhor nos proporciona para entrarmos em sua presença, nos fortalecer no caminho estreito que é preciso seguir para que possamos alcançar a salvação e a vida eterna.
Que Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador, abençoe sua vida.

Por: Rogério Penna

Você é livre para reproduzir e divulgar os textos desde que mantenha a fonte, respeite o autor.

Ficando chato para a glória de Deus

Esses dias falei para um amigo e companheiro de trabalho nas vinhas do Senhor:


- Estou ficando chato, muito chato, vc não acha?


Me refiro a tal coisa, e até pensei em perguntar isso ao Senhor em oração, pois não tenho mais conseguido ouvir certas palavras, frases, músicas (ditos louvores) que expressam nada além de nosso sentimento humano, egoismo, autocomiseração, orgulho. Me contorço ao ouvir essas coisas saindo da boca de "crentes", um comportamento totalmente inadequado e contrário a palavra de Deus. Parece que quanto mais eu leio a Bíblia, mais eu reconheço nossa incapacidade de qualquer coisa sozinhos, mas ainda assim, compositores "inspirados" escrevem seus sentimentos egoístas e profanos em canções para louvar ao Senhor.Cantamos, não, gritamos em coro para Deus nos devolver de volta o que é nosso, mas como me devolver algo que nem possuo, tudo é do Senhor (1 Crônicas 29:14; Salmo 24:1), mas não, eu quero o que é meu, então prepare-se, você receberá o inferno, pois é a única coisa que eu e você merecemos, pois se Deus é justo, como gostamos de encher nossas bocas para dizer, então estamos já com nosso passaporte carimbado para lá.Ou então temos o desejo de ver nossos inimigos (pessoas como nós), os que nos perseguem, abaixo de nós; nós no palco, no alto, nossos inimigos na platéia, embaixo, mas lembre-se, quanto mais alto, maior o tombo e, o tombo do orgulho é dolorido, pois nos faz cair e ficar ali, expostos e feridos sozinhos. Além do que, tal desejo, é contrário ao que o Senhor Jesus nos pede para fazer em seu chamado "sermão do monte":


- "Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem,para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos.Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso!E se vocês saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso!Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês". (Mateus 5:43-48)


Temos distanciado nossa vida secular (no mundo) da nossa vida religiosa (na igreja), tomamos palavras bem vista pelos apóstolos e escritas na Bíblia como sendo aquilo que devemos ser, então lhes damos um significado pejorativo, leia a carta de Tiago e veja o que diz o apóstolo sobre ser religioso, é como o crente deve ser. Não há como ser crente só na igreja, pois tudo o que fizermos, deve ser para a glória de Deus (1Corintios 10:31).Todo mundo é cristão, sem saber que essa palavra significa "pequeno cristo", oras, onde estão as atitudes do Cristo.


No entanto, o que mais me dói, o que mais me faz sofrer, é ver o que tem sido feito do evangelho, e da figura do Senhor Jesus. Ele tem se tornado de Salvado, Senhor, Rei, Redentor em servo, escravo da minha vontade e se Ele não me der o que eu pedi, estou com o caminho livre para desobedece-lo e me lançar de cara no pecado. Se pergunta o que deve fazer, espera-se que Ele sempre diga sim, e nos recusamos a aceitar caso nos diga um sonoro NÃO. Jesus, o Cristo, tem sido feito de marionete nas mãos de muitos que pensam que Ele morreu para me dar bens materiais.A ignorância do povo e suas ações heréticas se deve ao único e exclusivo fato de ter preguiça de ler a Bíblia, pois, se lermos a Bíblia, aquela que faz prova de Jesus, que diz quem Ele é (João 5:29), 
Saberemos que Ele veio para que tivessemos vida, e vida em abundância (João 10:10).Ele morre na cruz para aplacra a ira de Deus, lembra-se que eu disse lá no inicio que nós merecemos o infernos? Pois é, Ele em sua misericórdia, não nos dá o que merecemos, o infermos, mas por sua graça, nos oferece a salvação por meio de sua morte. Jesus morre não para pagar uma dívida com o diabo, mas pagar nossa divida com Deus por nossos pecados, carregando sobre si nossos pecados, o que era santo se fez pecado em nosso lugar, para que não sofressemos a ira do Pai. Mas o que desejemos não é nada disso, são os bens materiais.Leia os evangelhos e vejo que Jesus fala sobre acumular riquezas, não é esse o objetivo, mas talvez voçe diga:

- "Eu só quero uma vida estável, apenas desejo um emprego que me dê segurança!"

Bom, se você é um cristão, sua estabilidade e segurança estão no Senhor, qualquer coisa fora disso é como dizer:- "Eu não confio tanto assim no Senhor para me sustentar!"Talvez você leia e diga, você é ralmente chato, mas eu prefiro e até QUERO SER CHATO PARA A GLÓRIA DE DEUS!" 

Que o Senhor Jesus Cristo, seja Senhor e Rei da sua vida.
Deus te abençoe.

Rogério Penna 

Você é livre para reproduzir e divulgar os textos desde que mantenha a fonte, respeite o autor.